sexta-feira, abril 20, 2012

Don't Cry


Um Amor Insano


Os valores morais, da ética e outros afins não me permitem ficar com você. Mas, o que faço com um coração ferido? Até mesmo as esperanças que eu tinha antigamente, quando te conheci pura e inocente, eu perdi. Não tenho mais como consertar isso.
Poder estar ao menos perto de você, naqueles ambientes loucos, fazia com que as conversas sérias tornassem-se quentes. Fazia-me crescer, ser mais do que uma garota mimada. Fazia-me ser mulher e ter interesse num homem de verdade. Por que você tinha que ser tão perfeito? Tão bonito? Tão gentil? Não estava acostumada a este tipo de homem, nem de tratamento. E agora, como faço para me livrar disto? Desse vício frenético de você? Tem apenas uma coisa que impede que eu esteja realmente com você. Uma pessoa. Mas que culpa tenho eu de você já ter alguém em sua vida? Será que você apareceu na minha vida só para me frustrar mais ainda? Tendo que conviver, ver, sentir, perceber você e jamais poder tocá-lo? Isto é algo destrutivo. Eu diria autodestrutivo. É algo platônico. Sobrenatural. E como você acha que me sinto sabendo que você às vezes pode me querer?
Mas decidi hoje que tudo isso está prestes a mudar. Durante toda a minha vida eu me guardei, me preservei. E perdi tanto. Talvez um assassinato de aluguel fosse suficiente. Mas não desta vez. Quero que você faça parte dos meus planos daqui para frente. Sei que ela é uma boa mulher, mas se está entre mim e você, ela precisa ser aniquilada. E o mais breve possível, para que eu possa finalmente ter o prazer sua companhia em tardes quentes de verão, à beira do mar, tomando drinks incríveis e desta vez sabendo que, mesmo que antes tivesse sido assim, agora era para valer. Sentir seu corpo quente junto ao meu vai ser a melhor e mais prazerosa sensação que eu poderia sentir. Posso te proporcionar tudo, e você ser tudo para mim. Completamente.
Espero receber um “sim” como resposta, pois se ouvir o contrário, você não vai gostar do que posso fazer. Nem eu. Nem Deus. A arma está na minha bolsa, enrolada na lingerie cor-de-rosa que escolhi para nossa primeira vez. Você é quem decide quem morre e quem vive. Deixe-me ir em frente com meu plano, e matar a mulher que se põe entre nós. Sugiro que não se oponha a esta ideia, pois já tive relações sexuais com um morto, e não me foi agradável.

Sabe onde me encontrar. 
Às 11h.

Te Amo.

V. F.



Um comentário:

  1. Oi Ulisses, tudo bem?
    Muito obrigado por seguir-me!
    Visitei seus blogs e achei muito
    interessante!
    Estou te seguindo também!
    Abraços.

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